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 TROPEÇOS OU CONTRATEMPO Há alguns meses, tento enviar alguns produtos ao meu filho que reside na Irlanda. Comprei tudo o que ele pediu. No dia combinado, o colega dele não apareceu. Depois, dei-me conta de que o telefone residencial não estava funcionando; portanto, se o rapaz tentou fazer contato, não conseguiu; pois não dispunha do número do meu telefone celular. Duas semanas depois, num “e-mail”, meu filho avisa-me que um amigo de um colega estava indo à Irlanda. Telefonei-lhe e combinamos de nos encontrarmos. No sábado, à tarde, fui a sua casa entregar as encomendas. Recebeu-me com muita delicadeza e atenção. Afirmou-me de que, na 4ª Feira, entregaria o dinheiro e os demais produtos ao meu filho. Ao despedir-me, desejei-lhe boa viagem. Na 3ª Feira, à noite, o telefone tocou. Ao atender, reconheci a sua voz. Quando iria perguntar-lhe se fizera boa viagem, disse-me: – Senhora, fui roubado e não pude viajar. Estou muito chateado. Posso pagá-la em quinze dias? O tom de sua voz era de intensa tristeza e desencanto. Tentei confortá-lo, mas optei por manter-me calada já que praticamente não o conhecia. Ilda Maria Costa Brasil
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 12/01/2014
Alterado em 12/01/2014 Copyright © 2014. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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Tela de Claude Monet