Ilda Maria Costa Brasil, Celeiro da Alma

"Sonhar é acordar-se para dentro." Mario Quintana

Textos



A MORTE

Uma voz clama por ajuda, socorro...
Nela há aflição, pânico e medo.
Algumas pessoas correm
em direção aos gritos,
chegam, aproximam-se e trocam olhares
os quais confirmam nada
mais ser possível fazer.
Lágrimas escorrem no rosto
da infeliz senhora
que há pouco era só felicidade
e, agora, demonstra fragilidade
e impotência
ao tentar reanimar o seu amado inerte,
caído na laje fria.
O socorro não chega
e um dos presentes tenta reanimá-lo,
massageando seu peito fortemente,
enquanto outros buscam confortar
a jovem mulher
que desesperadamente suplica ao marido
que não a deixe,
só tem um ao outro;
logo, não saberá viver sem ele,
teme em demasia a solidão.
Entre soluços exclama
que soube o que é ser feliz por quatro anos,
tempo curto demais para dois seres
que se amavam muito.
A morte, cruelmente, não a ouve,
pondo fim à felicidade do casal
que conheceu o amor na fase adulta
e transporta o pobre homem
a sua última morada
numa viagem do litoral à capital paulista.
Ilda Maria Costa Brasil
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 31/05/2010
Alterado em 09/01/2014
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Tela de Claude Monet
Site do Escritor criado por Recanto das Letras