Percorri os caminhos do coração

e da criatividade

em busca de ideias para escrever

e só encontrei

um vento frio brando a balançar os galhos

das minhas emoções

e dos meus sentimentos adormecidos,

deixando minhas ideias cobertas

de muitas nuvens acinzentadas

e meu coração envolto

em uma mescla de roxo e de vermelho.

O som de uma sirene

farfalhou meus pensamentos

e, lá bem do fundo, renasceu

o doce ruído da arte de produção.

Raios solares passaram a irradiar

um belíssimo brilho,

brilho esse que desbloqueio

meu coração e a minha criatividade.

Na foto, um rosto angelical

e luminoso.

Nele há brilho, felicidade

e segurança.

Mãos pequeninas descansam

sobre o volante;

a mãe, embriagada de alegria

e de felicidade;

o pai, apaixonadamente,

registra o momento.

Ao fundo, o doce aroma verde

dos arbustos

e, no alto, um céu alaranjado

deslumbrante.

No para-brisa do carro,

borboletas coloridas

saúdam a menininha que parece

sorrir-lhes

e ela está usando um vestido

amarelo dourado

como o sol tal qual seus graciosos

cabelos.

Na foto, vê-se muita luz,

vida, amor e esperança.

Lembranças infantis...

algodoeiro florido

trouxe-me a memória.

Sensação estranha

apossou-se de meu ser,

deixando-me triste.

Grito de liberdade,

numa fria manhã,

explode em meu peito.

no

ar

nenhuma

emoção

nenhuma

esperança.

o

sol

ora

receoso

ora

envolvente.