PARA AQUELES COMO O NADA

Quando o Natal for sem família, e o ano novo mais um dia, tenho certeza de que no céu haverá dragões, e nos quintais, fadas madrinhas. Assim a fantasia nasce: surge para tornar a ideia frustrada suportável. Essa ideia é sua a vida.

Aquela que você queria ter. E não venha chamar-me de sonhador, porque até o mais realista dos homens é, em essência, idealista – ele deseja: quer saúde; quer paz; quer amor; quer salvação. Sua vida é um teatro. No entanto, de que adianta uma peça sem plateia?

Aqui, deixo aqui minhas palavras de acalento: Entenda-se e exponha-se. Pois o arrependimento é única coisa que restará, seja pelo feito ou pelo não feito.

Arrependa-se das coisas boas que fez. E assim... talvez, você escape do olhar de enjoo causado pelo cheiro da morte. Uma morte solitária e desconhecida, numa casa qualquer, numa casa que alguém... ao menos ... foi.