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TELEFONE
Ouvir a tua voz tão cheia de amizade Ouvir a tua voz repleta de carinho E ficar, logo após, numa eterna ansiedade Nessa mágoa sem fim que fere tal espinho.
Pois, no fone, nós dois choramos de saudade Vendo, sempre ao redor, bem deserto o caminho Eu, a pensar em ti, na minha soledade E tu pensando em mim, ao sentir-te sozinho.
E o fone é desligado e a saudade perdura E bebemos, os dois, o vinho da amargura E bebemos os dois esta tristeza atroz.
Desligo o telefone e sinto no meu peito A saudade sem fim que jamais toma jeito E deito-me, a chorar, inda ouvindo tua voz. Celeste Maria Masera Lourenço - *17.03.1929, Porto Alegre/RS +07.06.1998, Porto Alegre/RS - Fundadora da Academia de Artes e Ciências e Letras Castro Alves - Porto Alegre/RS.
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 07/04/2025
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