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VOCÊ SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?
Adoro sair para caminhar com Hanna Arendt e Gertrude Stein. Sou eternamente grato por elas terem me apresentado a Hemingway. Que vocês não vão acreditar que até conheceu o Sérgio. Muito antes do Raízes. E me contou detalhes sobre um projeto com Fitzgerald. Aliás, eu e Eliot a cada novo encontro para beber reafirmamos que O Grande Gatsby foi o único romance perfeito na história da literatura americana. Foi através dele, inclusive, que conheci Salinger e Tolkien. Todos eles pessoas extraordinárias. Hobsbawm sempre me dizia. Relações que, logicamente, têm me trazido prazeres. Mas, invariavelmente, acarretado compromissos. Não maiores do que aquele por mim assumido com Bukowski. O velho safado quer sair para uma noitada. Água de beber que não vai ser, logicamente. Até mesmo porque ele nunca convida o Tom. Ele acha o maestro metido a erudito. Contei para o Woody Allen e ele ficou de cara. Inclusive me adiantou que quer contar com Jobim na trilha sonora de seu novo filme. João é que ficou mordido. Disse-me que recém terminou o Getz e Gilberto e o cineasta sequer deu moral para ele. Queria que eu interferisse. Tenho intimidade, mas não gosto destas coisas. Sou como Dumas. O pai, logicamente. E sei que o que mais importa nesta vida é ter amigos. Por isso, que qualquer hora dessas, eu juro que volto, em verso. Volto para lhes contar um pouco mais. Sobre as minhas relações brasileiras. Alexandre Schumacher Triches - Membro da Academia de Artes e Ciências e Letras Castro Alves - Porto Alegre/RS.
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 02/02/2025
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