CIDADE
Eu penso e escrevo até mais tarde E sempre acordo Com ressaca cultural pela manhã. O dia na cidade é sempre corrido. Ouço os balbucios dos viciados, Embaixo do viaduto do meu peito E a fábrica pensante solta fumaça Pelos meus ouvidos. A correria da cidade contorna o eterno De vir da minha casa. O engarrafamento pressiona E cria olheiras debaixo de meus olhos, Porém, de madrugada, Ainda temos affair. As luzes dos cassinos, Em meus olhos, iluminam o quarto E, quando falo, Jazz dos bares boêmios Saem da minha língua, Mas nosso tempo é curto, minha bela; Pois a cidade não dorme, E tenho muito que fazer amanhã. Terei de cuidar da minha ressaca, E regir a cidade novamente. Pedro Henrique Boff – 16 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 01/02/2024
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