É TARDE
o tutu já não me cabe a realidade fantasiosa das bonecas inexistes, não consigo sustentá-la estranho que isso é de imediato: num dia se acorda e desaba esse teatro os brinquedos vão para o armário as pelúcias se lotam de ácaros tão cedo que nem se vê a mudança o desvincular da infância o encolher daquela criança que nem para o útero volta quieta, apenas se remoei internamente quase soa como morte o abandono acontece inevitavelmente vem sem sutileza indiscreto e cheio de reviravolta é que o mundo passa a nos olhar com dureza e é obrigatório a gente olhar de volta Júlia de Rossi – 17 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 01/01/2024
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