Ilda Maria Costa Brasil, Celeiro da Alma

"Sonhar é acordar-se para dentro." Mario Quintana

Textos


 

CASARÃO SINISTRO

 

Havia uma casa antiga, empoleirada no topo de uma colina sombria. Dizia-se que aquela construção estava amaldiçoada e as histórias que circulavam sobre ela eram tão aterradoras quanto à própria noite escura que a cercava.

Um jovem chamado Daniel, intrigado pela lenda, decidiu passar uma noite naquela casa, desafiando seus medos. Com uma lanterna tremeluzente e um coração batendo forte, atravessou a porta rangente da mansão. A escuridão lá dentro era densa como tinta e o ar estava impregnado de um cheiro antigo e rançoso.

Enquanto explorava os corredores sombrios, Daniel começou a ouvir sussurros inquietantes, como se vozes do além estivessem conspirando contra ele. Tentou manter a calma, lembrando a si mesmo de que era apenas superstição.

No entanto, quando subiu a escadaria de madeira, que levava ao andar de cima, algo o agarrou pelo tornozelo, fazendo-o cair de joelhos. Olhando para baixo, viu mãos esqueléticas emergindo do chão, tentando puxá-lo para baixo. Com um grito de terror, libertou-se e fugiu, tropeçando pelas escadas.

Os sussurros se transformaram em risos sinistros que ecoavam pela casa, como se os fantasmas zombassem de sua presença. Daniel corria cegamente pelos corredores, tentando encontrar a saída, mas todas as portas pareciam levar a lugar nenhum.

Finalmente, viu-se em um quarto escuro e apertado. As paredes pareciam se fechar sobre ele, fazendo sentir-se sufocado. No canto mais escuro do quarto, viu uma figura pálida e sombria, com olhos vazios e um sorriso macabro.

Nesse momento, Daniel percebeu que o local não estava apenas assombrado; estava vivo e faminta por almas. Lutou, com garra, para escapar, porém, as sombras o envolveram e sua voz foi silenciada para sempre.

Na manhã seguinte, quando os primeiros raios de sol banharam a colina, a casa antiga estava silenciosa novamente. A lenda da casa amaldiçoada permaneceu e ninguém mais ousou entrar. Aqueles que passavam pela colina, à noite, podiam jurar que ouviam sussurros e risos sinistros vindos de dentro, lembrando a todos que algumas histórias de terror são muito reais.

Érica Maslinkiewicz Corrêa da Silva – 16 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 30/11/2023
Alterado em 30/11/2023
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