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O ESPELHO E O TEMPO
Ser surpreendida pelos cabelos brancos E ver que o tempo não me foi tão rude Limpar gavetas, libertar fantasmas E aceitar sem medo que o tempo é curto
Evitei números, rótulos, etiquetas Deixei para trás rostos e fotografias Mas o implacável tempo não perdoa E pinta de branco o velho quadro negro
Quero olhar nos olhos desse desconhecido Que acorda comigo todas as manhãs E ver que ainda temos tanto a ver Se ainda não morremos...acorda, vamos viver!
Não importa muito o quanto o tempo passe Mas que ainda temos muito o que passar Se andamos sem pressa, calma e lentamente Não há mal algum... o que importa é andar!
E esse espelho cruel nosso de cada dia Embora não minta, Não sabe a metade... Não vê a metade... Não sente a metade... É apenas (metade do que sou) imagem! Luciane Fernandes Rodrigues
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 23/11/2023
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