A ÁRVORE E A NUVEM MOTE Uma árvore anda de aqui para ali sob a chuva, com pressa, ante nós, derramando-se na cinza. Leva um recado. Da chuva arranca vida como um melro ante um jardim de fruta. (Tomas Tranströmer - Estocolmo - Suécia, tradução do sueco de Roberto Mascaro e Francisco Uriz)
GLOSA Uma árvore anda de aqui para ali sob a chuva. Inverno de vento frio e cortante assombra pés nus. Rostos juvenis, em caminhada campestre, buscam abrigo, corpo e alma estão encharcados.
Perto, labaredas de uma fogueira exibem-se. Com pressa, ante nós, derramando-se na cinza, sentimentos expressam reações e gestos humanos. Alguns afloram depressa; outros, devagar.
Enquanto o sol desponta, na campanha, em meio às nuvens, a natureza pede por calmaria. Leva um recado. Da chuva arranca vida e intenso desassossego provoca.
A veemência do vento inquieta, deixa a todos bastante preocupados. Ao longe, ouve-se uma melodia que encanta como um melro ante um jardim de fruta. Ilda Maria Costa Brasil
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 20/07/2023
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