O ADEUS

Paulo Afonso, ao longo de sua infância e da pré-adolescência, curtia jogar futebol, pescar e caçar passarinhos, os quais eram fritos em uma panela de ferro por sua mãe. Após completar dezessete anos, a família mudou-se para a capital do Rio Grande do Sul. Sua adaptação foi lenta. Tudo novo! Os papos dos colegas não tinha nada em comum com os seus interesses.

Aquela realidade deixava-lhe preocupado e tenso. Era tudo novo.  Cidade grande, onde o ritmo diferente.

Amizades não são fáceis de fazer, quando os assuntos não se encontram. Porém, após diversos dias se adaptando, Paulo conheceu duas pessoas com quem consegue fazer amizade. Joana e Ângelo eram os nomes de seus novos amigos. Considerando que seus amigos cresceram em um ambiente diferente do seu, não tinha ideia sobre o que conversar. Depois de algumas semanas, passaram a ter assuntos em comum. Ambos gostavam de videogame, esportes e física, o que ajudou muito a unir o trio. Eles criaram um clube esportivo, com todos os tipos, para ajudar Paulo ampliar suas amizades.

No começo, a ideia do clube foi interessante, mas com o passar dos dias, tudo mudou com a chegada de uma amiga do Ângelo, a Beatriz. Ela era uma menina alta, magra e antipática. Mal sabia Paulo o que ela iria causar.

Beatriz tão logo chegou, começou a mudar o rumo das conversas no clube. O local já não estava mais focado nos esportes. A situação ia de mal a pior. Paulo precisou tomar uma atitude.

Em pensou em usar como estratégia, abrir o clube para eventos sociais: aniversário, casamentos e festas noturnas. Assim, poderiam conhecer novas pessoas e o local ficaria movimentado.

O primeiro evento social noturno foi um sucesso! As pessoas sentaram-se em torno de uma grande mesa e conversaram sobre diferentes temas da atualidade. Nas noites seguintes, o público aumentou e demonstrou aceito bem a ideia do grupo de inovar a programação.

Contentes com o sucesso do clube, a turma comemorou. Paulo, saudoso de sua terra natal, foi até o lago. Beatriz, ao vê-lo sair, segui-o. Ali, descobriram ter muito em comum. Um ano depois, Paulo, enquanto dirigia, tendo ao lado, a sua esposa, Beatriz , comentou:

– Embora, hoje, eu esteja com vinte e quatro anos, não esqueci os maravilhosos momentos de minha infância e adolescência vivenciados no interior. A hora de dizer adeus aos amigos foi muito sofrida.