Ilda Maria Costa Brasil, Celeiro da Alma

"Sonhar é acordar-se para dentro." Mario Quintana

Textos


 

A COBRA E O RATO

 

Certo dia, na Amazônia, uma cobra sorrateira e oportunista resolveu sair de seu ninho com o intuito de buscar uma presa como de costume.

Ela precisava alimentar-se e, para fazer isso, era necessário ter um plano bem elaborado, por conta do fato, que um erro, seria o bastante para espantar seus alvos e perder a sua refeição.

Depois de muita procura, a cobra achou a sua vítima, um rato esperto e ganancioso que estava andando em círculos pela floresta com o objetivo de achar comida.

Assim, que a cobra detectou o alvo, preparou-se para dar o bote. O pobre rato indefeso nem sequer percebeu o inimigo aproximando-se, o que o levou ao ataque da cobra; porém, em seguida, aconteceu algo inesperado, uma armadilha exatamente onde o rato estava.

Como a agressora não teve tempo de parar, caiu na armadilha, o que desencadeou uma conversa entre os dois, começando com a cobra:

– O que aconteceu comigo?! Que palhaçada de armadilha é essa?!

O rato diz:

– Que bom que você perguntou! Essa é a armadilha que contém o intuito de capturar predadores dos ratos, como você!

– Que droga! Não acredito que fui pega dessa forma constrangedora!

– É nisso que dá não cuidar por onde anda. Não é mesmo?

– Não diga que você pretende me deixar aqui…

– Exato! Você acertou em cheio. É isso que irei fazer!

– Já que não tenho outra escolha, o que acha de fazermos um acordo?

– Interessante, que tipo de acordo?

– Caso me tire daqui, irei embora e procurarei outra presa que não seja você. O que acha?

– Não vem com essa. Sei muito bem que você não é confiável!

– Do jeito que você fala, dá-me a impressão de que sou um animal horrível.

– E não é? O que tem de bom em matar os outros para comê-los?

– Como você é um rato esperto o bastante para ter montado está armadilha, duvido que não saiba o motivo de eu estar fazendo isso.

– Para falar a verdade, não tenho ideia de qual é o motivo…

– Não tenho outra escolha. Sabe? Quero sobreviver! Por isso, tenho que comer outros animais com o intuito de atingir meu objetivo.

– Deve ser difícil… Neste caso, vou tirar você desse lugar, mas tem que me prometer que não fará nada de ruim para mim. Certo?

– Pode deixar! Muito obrigada por compreender meus sentimentos! Prometo que vou recompensá-lo por isso.

O rato desativou a armadilha, libertando a cobra, que, atenciosamente, olhou em sua direção e falou:

– Obrigado, meu amigo! Prometo que nunca vou esquecer o que fez por mim.

– Capaz! Estou apenas fazendo o que considero certo.

Depois dessa interação, a cobra e o rato passaram a ser grandes amigos. Depois desse incidente, os dois ajudam-se para se manterem vivos, o que formou uma relação linda entre animais totalmente distintos.

Lucca Griebler Reche – 17 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 07/09/2022


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