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UM VOO MATINAL
Numa manhã de maio, uma abelhinha, em seu voo matinal, a procura de alimento, do alto observou uma cena que a deixou preocupada. Por algum tempo, esqueceu que sairá para recolhes o néctar de flores e o guardar em sua bolsa, vesícula melífera. Depois, voltando à colmeia e o néctar passar de abelha para abelha. Ao vê-la cabisbaixa, a abelha operária mais velha, perguntou-lhe: – O que aconteceu que voltaste tão pensativa? – Enquanto sobrevoava em um jardim, vi crianças e adultos dormindo ao relento, deitados em mantas e colchões espedaçados. Isso é muito cruel! – É! Nós somos os únicos insetos que produzem alimentos que os humanos consomem. – O mundo dos insetos, dos animais e dos humanos é muito diferente. No nosso, são as fêmeas que trabalham; no dos animais, depende da espécie e, nos dos humanos, conforme a classe social, alguns começam muito cedo para sobreviver. – Isso, além de tristeza, deixou-me revolta. Eu achava que os humanos eram altruístas, ou seja, solidários um com os outros. Como desejei ter poderes de dar àquelas pessoas asas e trazê-las para nossa colmeia! – Meu amor, em tuas saídas ainda verás outras cenas decepcionantes! Seja forte! – Como eu gostaria de dar uma vida melhor aos moradores de rua! Ilda Maria Costa Brasil
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 22/07/2022
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