CANTAR CALIENTE
Despertei com uma chuva mansa. Meus cabelos, em desalinho; meu pijama listradinho bem amassado. Levantei devagarinho, sem fazer muito barulho; fui à cozinha preparar um café. Sentei-me à ponta da mesa, observando a natureza, ouvindo os pássaros cantar. A chuva mansa fazia, nas árvores, uma grinalda de gotas bem pequeninas, enquanto pássaros assanhados voavam de lá para cá, um sabiá afinado, com seu cantar caliente, fez-me sonhar. A chuva seguia mansa e, meu corpo cansado pediu, que eu voltasse à cama. Ao lembrar que era domingo, deitei-me quase dormindo. Antes, porém, ajustei o despertador. Não posso perder a hora! Ana Regina Bueno Porto
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 23/01/2022
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