SEM MEMÓRIA
Sem memória, vivo o agora Quem fui eu? Chorei por não lembrar O que foi feito de mim? Cadê às lembranças do amor E da tua infância? Perdoa-me, meu filho! Minha memória está apagada O que fiz de nós? O que somos nós? Sem memória, morri Por dentro e por fora Sou tua mãe, vazia, sem memória; Não lembro o que não te dei; Lembro sim, que te amei. Amo-te! Perdoa-me se não fiz planos, Se eu bloqueei o amor Que deveria te dar. Perdoa-me se, por te amar, Não fui capaz de demonstrar. Perdi-me, defendendo-me E muito te protegendo Da maldade planejada. Hoje, vejo, que a estrada Que trilhamos, tem saída E, que a memória perdida, Transformou-se em amor, em respeito E em um desejo muito grande De te fazer feliz. Amo-te, meu filho! Ana Regina Bueno Porto
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 31/10/2021
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