A TRÁGICA COMÉDIA

Lona vermelha e branca, carrinho de pipoca e muitas risadas, era essa minha visão de um circo, desde a primeira vez que fui em um, aos dez anos, com minha mãe e com minha vó.
Todas as luzes focavam- se no picadeiro para o show começar. O primeiro a apresentar-se foi o palhaço, o qual, com suas brincadeiras, arrancava diversas gargalhadas de todos na plateia. Em seguida, apresentou-se o elefante e o malabarista, a mulher barbada e o equilibrista, até que chegou o grande final, quando toda a trupe faria um enorme ato, o qual seria maravilhoso, quer dizer, era o que eu pensava...
Mal havia começado o grande final, quando a comédia, quer dizer, a tragédia começou. O equilibrista deu um passo em falso, lá de cima caiu no elefante,  que se assustou e o jogou para longe, caiu no palhaço, o qual se  desequilibrou e escorregou na grande barba da mulher barbada, que também caiu. Sendo assim, o que era para ser uma comédia, o que foi para mim, virou uma tragédia. Saí morrendo de rir do circo.
Lona vermelha e branca, carrinho de pipoca, muitas risadas e uma tragédia, era essa minha nova visão de um circo, uma trágica comédia, da qual sempre me lembrarei, para o resto da vida.