A LUA Um jovem, que sempre andava pelos campos, analisava o mundo ao seu redor, buscando apreciar as belas coisas da vida. Visitava os animais que lá viviam e os acariciava, Eles o amavam! Logo após, visitá-los, o garoto ia ao campo ver as flores. Adorava sentir o perfume delas; admirar sua delicadeza, e, ao mesmo tempo, sua robustez e, o quão sútil eram em suas diferentes formas. Faziam-no vivenciar coisas que jamais experimentara. Além de ter ótimas sensações, ao lado delas; sentia-se seguro para desabafar problemas, conversar, expressar ideias e sentimentos sem ser julgado. Ao fim do dia, enquanto o sol se põe, percebe que tem de voltar ao seu lar, para sua solidão, para seus problemas… Em casa, acendeu a fogueira para esquentar-se. Por ventura, vai à janela observar o mundo lá fora. Ao olhar, depara-se, com uma das mais belas cenas que jamais imaginava vislumbrar um dia. Em cima de um monte, via-se a lua, que, com sua beleza, iluminava à noite, cercada por estrelas, que tentavam ofuscar seu brilho. O jovem, por mais que tentasse, não conseguia parar de apreciar a beleza da lua. Algo o havia deixado perplexo! Depois de alguns minutos, constatou que dela caiam alguns meteoros. Frente a isso, pôs-se a correr em direção ao monte naquela noite fria. Ao aproximar-se, falou: – Por que choras lua? Preocupado, perguntou o jovem. – É que eu tenho passado por várias dificuldades. Meus dias estão muito difíceis! Não consigo suportar tanta dor e, ainda por cima, encarar tudo só. Respondeu a Lua ao jovem, com um tom triste, enquanto chorava. – Lua, estou aqui para te ouvir e para conversarmos. Disse o jovem querendo ajudá-la. – Estou esgotada de tudo que sinto e do que vivi! Não aguento mais! Às vezes, queria sumir, fugir ou, até mesmo, explodir. Que houvesse apenas dia e não noite para eu não ter que existir… Disse a lua, ao jovem que a ouvia com total atenção. – Não, Lua! Não diga isso! Você não está mais sozinha, vamos conversar. Disse o jovem ansioso e preocupado. Os dois conversaram a noite inteira, Cada um contando suas histórias, sentimentos, problemas, gostos e dividindo opiniões. Nesse bate-papo, descobriram que tinham bastantes coisas em comum; que um entendia o outro; e, acima de tudo, não os julgavam, buscavam compreender um ao outro. Antes de a noite acabar, o jovem disse à Lua: – Apareça amanhã à noite, por favor! Tenho algo a lhe mostrar. Passou-se o dia. O garoto subiu ao monte para rever a Lua. – Oi, Lua! Tenho algo para mostrar-lhe. – O quê? Perguntou a Lua apreensiva. O jovem, de sua mochila, tirou uma flor de Palma. – Amiga, esta é para você não se sentir só e lembrar-se de que estou, aqui, ao seu lado. Disse o jovem meio nervoso e tímido. Após, colocou a flor nos cabelos da Lua, que acabou por ficar emocionada com o carinho do rapaz. Emocionados, continuaram a conversar ao longo da noite. A partir deste dia, nenhum dos dois ficou só novamente; sempre que podiam, reencontravam-se. Sabiam que podiam contar um com o outro. Moral da história: Muitas pessoas escondem uma grande dor, problemas enormes e lidam, com isso, só. É importante, sempre, que pudermos, ajudá-las. De um gesto fraterno podemos colher bons frutos. Rafael dos Santos Lopes - 18 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 21/07/2021
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