Ilda Maria Costa Brasil, Celeiro da Alma

"Sonhar é acordar-se para dentro." Mario Quintana

Textos



A FONTE ENCANTADA

Em tempos distantes, existiu um lugar encantado, muito além dos horizontes, atrás da Cachoeira da China, chamado Theia, cheio de beleza, onde o domínio pertencia a cinco magníficos magos. Cada um possuía um dos domínios elementares.
Os magos tinham o total governo pelos horizontes. Cada habitante de Theia respeitava os seus superiores, adorando-lhes como deuses.
Theia, era um lugar de grande beleza, paz, harmonia e cheio de conhecimentos deixados pelos ancestrais. Todos eram felizes neste lugar. Nenhuma mágoa existia em Theia, sendo considerado como um paraíso; no entanto, o mago Zuko, do domínio do quarto elemento, o fogo, planejou uma traição contra a sua própria casa.
Deixando de ser querido por aqueles que amavam, cedeu-se a ser possuído pelo espírito do mal, que estava guardado, por décadas, esperando um momento certo para que pudesse espalhar o caos por toda Theia.
Zuko traiu sua terra natal, matando cada um de seus companheiros magos, que se atreveram a meter-se no seu caminho. Os habitantes, tendo um fim triste, foram mortos pela escuridão sem, ao menos, ter a chance de fugirem da grande catástrofe.
Nada restou para chamar-se de lar como antes era em Theia. Zuko, condenou o planeta, trazendo seu fim. Quando tudo estava em ruínas, o único sobrevivente que restou, no planeta, foi o mago Zion, que era o mago dominador de todos os elementos.
Reza a lenda, que Zion, uma vez ferido, usou sua magia para tele portar-se para outra dimensão à procura da donzela divina, a única e grande esperança de Theia.
Em 2021, no Japão, vivia uma garota inteligente chamada Sakura Hinata, que, em sua excursão escolar, encontrou um objeto antigo, objeto esse do tempo dos seus antepassados, um lindo cristal.
Curiosa, a menina pegou o cristal e saiu, às escondidas, sem que alguém percebesse o sumiço da preciosa pedra. Sakura, caminhando em direção à sala de antiguidades da família Imperial, afastou-se dos guardas, seguindo em frente com o cristal em suas mãos, sem se importar com o que viria à diante.
Sakura, percebendo que estava fraca, a cada passo que dava, falou em seus pensamentos:
– O que é que está acontecendo comigo, hoje?! – disse Sakura ajoelhando-se de cansaço – Por que estou me sentindo tão fraca por dentro?!
A garota, com dores no peito, caiu ao chão, gritando:
– Aiii!! Meu coração está apertando-se? Por que fica dolorido quando me lembro do jovem de olhos azuis e cabelos longos loiros dos meus sonhos?! Qual o significado disto?!
A garota não tendo forças para chamar alguém, desistiu e, por um momento, só viu escuridão ao seu redor. Algo brilhava ao seu lado, o que não lhe chamava atenção nem lhe importava.
Era toda dor, perdendo a consciência. Por algumas horas, ficou em total silêncio, sem que alguém tivesse notícias suas.
Ao ouvir os sons de pássaros e da cachoeira levantou-se de vagar, ainda sonolenta.  Sentindo a grama sob seus pés, entendeu que não estava mais no museu. Com olhar surpreso, sem entender o que estava acontecendo, em segundos pôs-se de pé. Encontrava-se num jardim maravilhoso, sem pessoas ao seu redor e sem, ao menos, compreender como chegara naquele lugar.
Sakura, perdida em pensamento, não prestava atenção em outra coisa, a não ser numa solução de voltar a casa sem que ninguém soubesse do cristal perdido, o que chamava de “objeto imprestável”.  A garota, chateada, por pensar que não tinha solução para suas angústias, jogou o cristal longe; instante em que fora puxada, fortemente, sem parar.
Toda desorganizada, bufou de brava, em direção à fonte. Vendo que sua aparência estava horrível decidiu parar de olhar a si mesma e, quando estava preste a ir embora, foi agarrada por uma mão e puxada para dentro da fonte.
Despencando em direção ao chão, desesperou-se por completo até que alguém a segurou por trás. Seus olhos encontraram-se com dois olhos azuis como o oceano, de um garoto que tinha visto em sonho.
Em um instante, Sakura estava no colo do grande mago: Zion. Os lábios de ZION encontraram-se com os de Sakura. Zion parecia não se importar com o beijo ardente, mas, Sakura não acreditava que o seu primeiro beijo fora roubado por um garoto qualquer. Seus lábios estavam guardados para o garoto popular da escola, esperando, dele, uma linda confissão num lugar bonito.
Sakura tentou empurrar Zion para longe; porém, seus esforços foram em vão. O beijo tornava-se, cada vez, mais ardente e mais profundo como se não tivesse um amanhã, Sakura estava com o rosto todo corado. Seu coração batia rápido e forte quando sentia o beijo doce de Zion.
Não tendo mais folego, desmaio nos braços do garoto beijoqueiro. O garoto mago, rindo da expressão de sua amada, estava feliz, pois a tinha em seus braços.
Na hora, em que Zion pós os olhos na garota desesperada, encantou-se com a bela dama, apaixonando-se pela sua elegância e pela textura de seu corpo. Suas bochechas periciam maçãs e seus cabelos, vermelhos como o sol, um deslumbrante amanhã.
Com o passar das estações, seu relacionamento foi difícil no início, mas com o passar do tempo Zion e Sakura foram se amando, criaram seu próprio mundo de romance. O amor, que os unia, era uma paixão intensa, uma chama que nunca acabaria e causaria mudanças em momentos difíceis.
Sakura estava feliz, em seu mundo, até que percebeu que estava grávida de Zion. O problema era voltar para seu mundo, já que se passaram anos desde que ficou com seu marido.
Zion ficou chateado com a decisão da esposa em voltar ao seu mundo. Tomado de raiva, trancou-a no calabouço. Sabia que era único jeito de impedi-la de partir. Ignorou suas lagrimas e a forçou a desistir de sua esperança. Seu amor por Sakura era obsessivo. Não deixava um homem chegar perto dela, só lhe restava o túmulo pelo pecado de atrevimento.
Zuko, percebendo a existência da donzela divina, foi ao reino de Zion. Assim que chegou ao castelo, sequestrou Sakura, a fim de acabar, de uma vez, com a esperança de Zion.
Quando Zion percebeu seu erro, era tarde demais. Arrependido do que fizera e de ter posto sua mulher em perigo, foi resgatar sua princesa.
Zuko e Zion batalharam intensamente, usando de seus poderes, um no outro. Quando tudo parecia estar perdido, Sakura tornou-se a donzela divina. Por completo, sua aparência mudou para uma forma de santidade e beleza, lançando seu total poder libertando Theia, da escravidão da escuridão, sendo, mais uma vez, um paraíso cintilante, onde os habitantes eram livres.
Zuko foi condenado a pena de morte por traição ao seu planeta. Zion e Sakura uniram suas magias para queimá-lo as cinzas. Em sua última despedida, Sakura abraçou Zion e o beijou, sendo esse o último encontro com o marido.
Sakura, com os olhos tristes, deixou a filha aos cuidados de Zion até o seu reencontro. Os dois juraram, por um selo dos lábios, que mesmo que esperassem mil anos, vereiam-se de novo e, mais uma vez, estariam juntos e com a filha já crescida.
Voltado à fonte encantada, regressou ao lugar que tinha parado. Sakura estava de volta à vida normal, a um mundo sem magia e sem dragões. Os pais de Sakura ficaram mais estavam atentos com a filha desde o incidente do seu desaparecimento.
Dois anos se passaram. Seu coração estava partido por não ver Zion. Sakura Hanata era uma mulher trabalhadora, conhecida por ser uma médica bastante habilidosa. Certo dia, ao sair de seu turno, encontrou uma figura familiar que estava de pé ao lado de uma cerejeira, com um sorriso amável, tendo nos braços, uma linda criança.
Aproximando-se mais de perto, seus olhos se encheram de lagrimas, era Zion com sua filha, já crescida, com uma aparência angelical tal qual a sua e um sorriso doce como o do pai. Os três, repletos de felicidade, abraçaram-se e, a partir desse momento, passaram a viver no mundo normal. Theia estava tranquila e protegida. Sendo assim, Zion precisava convencer os pais de sua mulher a irem para o seu mundo junto com eles e viverem lá.
O dia tão esperado chegou. Zion e Sakura viveram em seu reino junto com a filha e demais familiares, tornando-se governantes de Theia, com graça e alegria.
O amor de Sakura e Zion durou por várias épocas. Uma chama de inspiração àqueles que encontraram seu amor verdadeiro.
Maria Fernanda da Silva Silva - 14 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 30/06/2021
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