UM AUTORRETRATO A chuva caía de forma rápida e eu a observava da janela do meu quarto. Minha irmã gêmea, Norra, estava deitada em minha cama olhando o teto. Ela ainda não havia decidido qual seria seu trabalho de artes. Parei de pensar no problema da minha irmã e voltei a olhar a chuva, Mesmo eu não curtido climas chuvosos, não podia negar o fato de que a cidade ficava ainda mais bonita naquele tempo em que as luzes dos prédios, lojas, restaurantes, parques e postos ficavam acesos em diferentes cores. A sensação era de estar dentro de algum filme ou episódio de alguma série que vemos na Netflix. Era possível ver vários carros e algumas pessoas lá fora. Meus pensamentos foram interrompidos, quando escutei um click atrás de mim. Ao virar-me na direção do barulho, vi que minha irmã segurava uma câmera fotográfica nas mãos. Havia tirado uma foto minha pelas costas. Ela veio a mim e mostrou-me a foto. Perguntei-lhe o que pretendia fazer com a foto. Sorriu-me e disse: – Você verá! Norra voltou a aparecer à porta do meu quarto, no dia seguinte, chamando-me para ver algo. Tão logo entrei em seu quarto, vi o que tinha feito. Norra havia pegado a foto e feito um autorretrato meu. Ansiosa, perguntou-me: – Será que a professora vai amar isso? – Tenho certeza de que ela irá amar tanto quanto eu amei. – respondi. A seguir abraçamo-nos com muito carinho. Gabriela Cohen Rodrigues - 18 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 28/06/2021
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