VOZ A FIM DE (NADA) É a voz afinada que quebra o vidro Estilhaço na estrada Na espera de ingênuos pés Que com fé em grama Que como peixes, viram-se. Com escamas de sangue e vidro “Por que fui sair na cama?” E a voz afinada mais nada fez Não precisou Eternizou-se nas cicatrizes Eram pés de atrizes Mas não conseguiram disfarçar Queriam entender Como seus pés puderam conceder Um caminho estilhaçado Mas não são dados, não é o acaso Os pés que vão comprar o maço de cigarros Também vão à igreja Veja, ou melhor, “desveja" Deseja caminho limpo Como se em um lindo dia Houvesse apenas na estrada A voz não afinada hipnotizou Jogou feitiço E com isso O esforço de voz afinada Vira mera sorte, sorte de jogador Que usa dados viciados. Anderson Arli Pedroso Fagundes – 23 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 28/04/2021
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