Ilda Maria Costa Brasil, Celeiro da Alma

"Sonhar é acordar-se para dentro." Mario Quintana

Textos



BANCO DE PRAÇA.
 
Sou um romântico?
Vejo banco e me pergunto sobre suas histórias
Aleatórias como o clima
Satisfatórias ou não
Foi protagonista de algo
De conquista de "galante" menino ao ensaiar ali suas falas
Chegou a arranhar a banco com unhas
Mas horas depois retornou
Alegrou-se, sentou-se e refletiu sobre a nova noiva
Toda hora o banco vive histórias
Tem pena de portas, limitadas por posses
Ele suporta tosse, pesos e até mesmo paixões
Mas há razões para não perecer ao tempo
Sempre irá aparecer um ser
Que com vida e vigor
Dividirá sua dor com o banco
E assim, mesmo não tendo carne, ele Vive um pouquinho
Não é banco de parquinho
É de centro de cidade
De paisagens comuns, mas emocionantes
É velho, mas a cada instante se renova
Não olha, mas ganha os olhos de quem senta e fala
Ah, há quem não se cala
Acaba sendo terapeuta mudo
Não fala, mas sustenta o outro de queda
Talvez não ganhe respeito que mereça
Mas aconteça o que acontecer
Ele está lá
No frio, no calor e no sabor de cada pipoca
Aberta sobre sua superfície
E tudo bem ficar no canto nos contos
Muitos falam de seres onipresentes
Bom, ele está sempre lá
Esperando alguém para sustentar.

 
Anderson Arli Pedroso Fagundes – 23 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 20/04/2021
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