BANCO DE PRAÇA. Sou um romântico? Vejo banco e me pergunto sobre suas histórias Aleatórias como o clima Satisfatórias ou não Foi protagonista de algo De conquista de "galante" menino ao ensaiar ali suas falas Chegou a arranhar a banco com unhas Mas horas depois retornou Alegrou-se, sentou-se e refletiu sobre a nova noiva Toda hora o banco vive histórias Tem pena de portas, limitadas por posses Ele suporta tosse, pesos e até mesmo paixões Mas há razões para não perecer ao tempo Sempre irá aparecer um ser Que com vida e vigor Dividirá sua dor com o banco E assim, mesmo não tendo carne, ele Vive um pouquinho Não é banco de parquinho É de centro de cidade De paisagens comuns, mas emocionantes É velho, mas a cada instante se renova Não olha, mas ganha os olhos de quem senta e fala Ah, há quem não se cala Acaba sendo terapeuta mudo Não fala, mas sustenta o outro de queda Talvez não ganhe respeito que mereça Mas aconteça o que acontecer Ele está lá No frio, no calor e no sabor de cada pipoca Aberta sobre sua superfície E tudo bem ficar no canto nos contos Muitos falam de seres onipresentes Bom, ele está sempre lá Esperando alguém para sustentar. Anderson Arli Pedroso Fagundes – 23 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 20/04/2021
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