FINS E MEIOS Nos Estados Unidos, uma grande onda de crimes vai dominando uma cidade. O governo decidiu promover um soldado em um combatente do crime. Ele não tinha poderes econômicos, mas tinha suas palavras, sua inteligência e sua força. Ele assumiu a identidade de Protetor da Sociedade. Sua intenção era terminar com o crime, acabando com sua fonte de renda primeiro. O Protetor da Sociedade, ao sequestrar um dos bandidos do grupo, conseguiu informações de como chegar ao chefão dessa máfia, ele iria assaltar um grande banco no centro da cidade. O Protetor deu um tiro à queima roupa no marginal, matando-o. Acreditava que o matando, o grande chefe da máfia iria ficar sem capangas e proteção, assim um sinal seria mandado a ele de que seu reinado está perto do fim. Quando o Protetor chegou ao banco, o chefe não estava lá. De supetão, uma bala veio em sua direção, desviou e, ao olhar para trás, uma emboscada foi descoberta. Quatro assaltantes, armados com rifles, apontavam-nos para seu capacete. Nas sombras, o chefe chegou, mirou seu revólver para o capacete do Protetor e falou: – Dispersar! Os capangas foram embora, deixando o Protetor e seu arqui-inimigo sozinhos. – Olha! Olha! Olha se não é o novo heroizinho da cidade! Está brincando, achava que poderia me matar ou, até mesmo, prender-me só para acabar com o meu império? Você nem sabe o meu nome e acredita que puxar um gatilho na cabeça de um moleque, faria o crime morrer. Os fins não justificam os meios. Muitas vezes esses fins trazem arrependimento e consequência. Matar uma criança só para acabar com o crime, esse fim não justifica esse meio. É hora de eu fazer seu trabalho, fazer justiça, botando uma bala no seu crânio. Ah! Meu nome é Senhor Terror. O Protetor, além de dar um soco no rosto de Senhor Terror, jogou-lhe contra a porta, a qual quebrou e fez com que ele caísse à frente do Banco. O Protetor aproximou-se de seu vilão e disse com muita raiva e ódio: – Você perdeu! O crime acabou junto com você. A segurança e a ordem serão criadas. O Protetor da Sociedade matou o Senhor Terror com um tiro no peito. Ele não contava com pessoas filmando tal ato, chocadas ao verem o herói da cidade matando alguém a sangue frio, em frente do público. Seu rosto ficou do sangue do vilão. Na verdade, quem venceu não foi o herói, mas sim o vilão, pois na tentativa de trazer a paz, ele trouxe o desencanto e o medo, o que causou tumulto entre as pessoas. Seu gesto piorou o caos. Não basta só ter boas intenções, mas, sim, ter junto boas ações. Rafael Cohen Valente da Silva – 15 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 14/04/2021
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