Ilda Maria Costa Brasil, Celeiro da Alma

"Sonhar é acordar-se para dentro." Mario Quintana

Textos



A PANELA E A AIRFRYER

Dona Vera, mãe de dois filhos adultos, que sempre lhe pediam para fazer carne em uma Panela de Ferro. Argumentavam que ficava mais gostosa; no entanto, diziam que ficava um cheiro de fritura, no ar, pela casa. Os rapazes, para evitar tal problema, compraram uma Panela Elétrica para sua mãe.
A Panela de Ferro ficou muito chateada ao ver que seus donos a haviam trocado por uma Panela Elétrica.
A nova panela, ao ver o desencanto da outra, disse:
– Desculpe! Embora você não seja tão obsoleta, agora, sou eu que mando aqui.
A velha panela falou:
– Faço os alimentos com amor e cuidado.
A Panela Elétrica retrucou:
– Querida, eu sou mais rápida. Faço tudo sozinha; não deixo cheiro pela casa nem ocupo o tempo de Dona Vera.
No dia seguinte, Dona Vera, ao testar o novo aparelho, percebeu que, embora a carne fosse boa, não ficara tão gostosa quanto à feita na Panela de Ferra.
A Panela Elétrica, ao ouvir tal crítica, ficou decepcionada. Dona Vera e seus filhos lamentaram o dinheiro gasto. Era impossível comparar o cozimento de uma panela com a outra. Depois de muita conversar, decidiram que Dona Vera continuaria a usar a Panela de Ferro e, os filhos, a Elétrica.
As Panelas aceitaram as combinações e deram fim as brigas. A partir desse dia, nas quintas, sextas e sábados, a Panela de Ferro entrava em ação; nas segundas, terças e quartas, a Elétrica.
Moral da história: Nem sempre o novo é melhor que o antigo.
Arthur Vianna Michels - 15 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 02/04/2021
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