SENHOR TEMPO? Você sabe, Senhor Tempo? Que, quando você veio em forma de morte, doeu. Mas quem sou eu para questionar; Pode levar os entes queridos. O Senhor deve ter seus motivos. Entre o tiro de revolver e um beijo apaixonado, Eu existo. Insisto em evita-lo rapidamente. Queria que o Senhor parasse por outras bandas E eu ficasse um pouco na sua ausência. O Senhor não perdoou nem boas bandas Levou-as também. Pois bem, então que ande de cadarços Amarrados um nos outros E que restaurantes lhe tragam o cardápio. Quero que o Senhor Tempo de um tempo. Tudo perece sob ele. Escuto sobre imortalidade, sua arquirrival. Tudo tem seu aval E do varal decide quais peças sai Quem cai, depende dele Para a gravidade da lesão. O peão vê a torre comer seu amigo É questão de tempo para ele. Por melhor que sejam os jogadores, O jogo sempre acaba. A capa de chuva não prevê o tempo. Bola de cristal é utopia de opositores. Os cantores que erram o tempo, lamentam-se. Eu me lamento também. Queria mais tempo do tempo. Mas seu templo é a existência em si. Quis chorar, mas não tive tempo. O soluço veio primeiro. Sem mais delongas, finalizo-me. Obrigado pelo seu tempo dedicado A essa leitura. Ele passou e, parte de você ficou nessas palavras, E não voltam mais. Anderson Arli Pedroso Fagundes – 23 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 06/01/2021
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