DEDO MÍNIMO E DEDO ANELAR. Numa madrugada fria do mês de setembro, o Dedinho Mínimo do pé esquerdo acordou incomodado, sentia-se comprimido pelo Dedo Anelar. – Cara, chega pra lá! Estás me sufocando. – Quem está resmungando? – Eu! Preciso de ar. – O que posso fazer por ti? Sou fofinho porque minha dona, aos sete anos, jogando futebol com os primos, tropeçou numa raiz e me esfacelou. – Ufa! Doeu? – A menina e um dos primos tentaram me colar com uma cola caseira. Não deu certo, quando ela levantou pronta para voltar ao jogo, despenquei. O comparsa da minha dona, apavorado, saiu atrás de socorro. – O que fizeram? – Fui cercado de atenções e levado a um hospital. O médico foi bonzinho. Mandou a enfermeira lavar bem o local para depois me imobilizar. – Sério? Doía muito? – Não lembro. Sei que me botaram uma base de madeira que parecia um palito de picolé. Muito desconfortável! – E eu como fiquei nessa? – Ficaste bem gracioso e gordinho! – O ruim foi ficar mais de trinta dias no ar. A menina não podia apoiar o pé no chão. – Cara, chega de enrolação! Mais de sessenta anos se passaram e eu nunca tinha me sentido tão desconfortável como agora. O que estás escondendo? – Talvez! Não sei! Teria eu engordado com esta história de pandemia? Com o Covid-19, as pessoas quase não se movimentam, passam comendo. – Hahahaha! Assim não dá para continuar. Quero voltar a viver com conforto! Se o teu problema é obesidade, dá um jeito de emagrecer. Não esqueças: Alegrias de uns, tristezas de outros! Ilda Maria Costa Brasil
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 01/10/2020
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