Ilda Maria Costa Brasil, Celeiro da Alma

"Sonhar é acordar-se para dentro." Mario Quintana

Textos



BOOMERANG
 
Gritei teu nome. No peito. No cérebro. No sonho. No sono.
Mordi o lábio até ele rasgar, até que teu nome se desenhasse na minha pele e escorresse sangue, tinta vermelha na minha tela branca.
Levei tua identidade como se fosse minha. E eu que pensava que era saudável? E eu que pensava que podia chamar de amor?
Acho que meu “eu te amo” não precisa mais do “te”. Eu amo, mas tu não fazes mais parte da oração.
Por mais que todas as tuas letras ainda queimem minha pele com todos os beijos que tu distribui. Mesmo que meus dedos ainda busquem teus cabelos, tua mão, tu. Mesmo que meu coração ainda pule uma batida ao te ver.
Eu sou boomerang. Tu me arremessas para longe, para fora, sai de perto! E eu volto. Porque eu amo. E sem querer, te querendo, eu (te) amo.
Marina Solé Pagot – 18 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 03/09/2020
Alterado em 03/09/2020
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Tela de Claude Monet
Site do Escritor criado por Recanto das Letras