PÔS-SE O SOL MOTE Pôs-se o sol; como já, na sombra feia, Do dia, pouco a pouco a luz desmaia! E a parda mão da Noite, antes que caia, De grossas nuvens todo o ar semeia! João Xavier de Matos GLOSA Pôs-se o sol; como já, na sombra feia, a noite aproxima-se lenta e escura; e, aos poucos, a minha alma floreia, deixando-lhe repleta de ternura. A lua chega suave e a tudo clareia. Do dia, pouco a pouco a luz desmaia! Curto o nascer das estrelas na areia, e também a lua que no mar se espraia. Vento forte levou-me a sair da praia. Nada restou do lindo céu estelar E a parda mão da Noite, antes que caia, já que não pode a chuva protelar. De temporais, receio suas dimensões. Por um sono calmo meu ser anseia; além de relâmpagos e trovões, De grossas nuvens todo o ar semeia! Ilda Maria Costa Brasil
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 14/07/2020
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