SAMIRA, UMA MENINA ÁRABE! Lembro-me de ouvir familiares comentarem que os conflitos fronteiriços sírio-israelenses começaram em 11 de novembro de 2012, quando morteiros da Síria caíram perto de um posto militar israelense nas Colinas de Golã ocupada por Israel, o qual respondeu disparando "tiros de advertência" para a Síria, fatos que representaram os primeiros incidentes transfronteiriços entre os dois países. Chamo-me Samira, nasci na Síria, em 2010. Hoje, vivo no Brasil. Vim a este país, em 2016, para fugir da guerra que destrói o meu país. O Brasil abriu portas para mim. No começo, senti-me estranha frente aos preconceitos que sofria. Com o tempo, isso foi amenizando. Junto de meus pais, conseguimos um bom apartamento no centro da cidade. Nunca tinha visto nada igual, movimento... mais movimento. Em seguida, passei a frequentar uma escola no bairro, onde fui bem recebida pelos colegas, fato que me deixa mais tranquila. Espero, em pouco tempo, rever os meus antigos amigos. Rezo por eles todos os dias. Tenho muito medo. A situação, na Síria, é crítica. Na televisão, é comum mostrarem cenas de pessoas mortas espalhadas pelas ruas. Com o passar do tempo, fico mais preocupada: a cada hora, novas notícias ruins de familiares e amigos mortos. Meus pais também estavam angustiados, sabíamos que deveríamos ter muita fé e esperança que a Síria tenha um amanhã pacífico. Logo, cabe-nos orar pelas vítimas e torcer pelo fim da guerra, essa não é a solução para problemas religiosos e políticos. Ilda Maria Costa Brasil, Helena Anele Faillace, Tiago Dariano Slompo, Rafael Cohen Valente da Silva, Lucca Griebler Reche e Pedro Pieretti.
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 17/01/2020
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