DEVANEIOS DE UM SEGUIDOR DO TEMPO Sólida lágrima triste, Vagueia corrente, sem fim. Margeia o cantor em riste Com sua canção afim. Pássaro sozinho no céu Medonho vai migrar. Sem medo algum do véu Vai embora para além mar. Um sonho distante, impróprio Revolto com nada ser. Apaga da história o hilário E aprende a compreender. O homem no alto do prédio, Apostou no jogo e perdeu. Tentou tirar-se do tédio, Mas apenas enlouqueceu. Uma borracha traiçoeira Apagou o enredo do papel. Prendeu-se na ratoeira Escondida no cartel. Numa gota de vinho Perdi o que estava a conter. Escondi minha vida num linho Que ninguém aprendeu a ler. Meu fim chegou só Sem ninguém para consolar A dor que virou pó No fundo do meu lar. Danieli Mützenberg - 20 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 15/09/2019
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