DEBAIXO DA CEREJEIRA
Foi debaixo daquela cerejeira, que eu conheci o amor; foi debaixo daquela cerejeira que com seus sorrisos, você curou a minha dor; foi debaixo daquela cerejeira que você tocava as músicas em seu violão; foi debaixo daquela cerejeira que você conquistou o meu coração; foi debaixo daquela cerejeira que trocamos olhares apaixonados; debaixo daquela cerejeira que nosso lábios foram selados; debaixo daquela cerejeira que a neve conhecemos e fomos brincar; debaixo daquela cerejeira que você me abraçava e desenhava corações, na grama nevoada, dizendo que amava me amar mas, debaixo daquela cerejeira, já me pus a chorar; então, debaixo daquela cerejeira que você chegou com um abraço para me salvar. E, debaixo daquela cerejeira, agora estou a me desmontar. Faria de tudo só pra ter, novamente, fixado nos meus olhos o seu olhar. Agora, estou na janela do meu quarto vendo a neve cair. Pelo meu rosto escorrem lágrimas, enquanto ouço a música que você fez para eu ouvir. Agora, estou parada, refletindo. Queria você ao meu lado, das minhas piadas, sem graça, rindo. Passo noites em claro, apenas abraçando seu antigo violão. Escrevo milhões de versos recordando o seu eu com uma boa sensação; recordo das cartas que você me mandava com diferentes recados, e lembro que no pôr do sol dos domingos, você me dava um abraço apertado. Nas minhas memórias, sempre haverá replay de cada beijo nosso apaixonado. Agora, estou debaixo daquela cerejeira, escrevendo no meu caderninho de anotação, o mesmo que guardava secretamente dentro da cerejeira, junto com os versos de paixão. Relembro-me da melodia das suas composições e, nessa cerejeira estarão sempre unidos os nossos dois corações. Júlia de Rossi - 12 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 25/08/2019
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