![]() QUARTO DE DESPEJO Concomitantemente, a favela despertava Um emaranhado de ruídos distintos. Ao mundo real, Carolina regressava Com infantis lamentos de seus filhos famintos. Nesse instante, Brasília erguia-se sob euforia; A imagem idealizada da capital era formada. Ainda assim, a fome comparecia E a catadora ia à luta conformada. Reflexões sinceras eram feitas ao anoitecer, Apesar da pouca instrução, hostilidade e lirismo Pois, na falta de alimento, restava-lhe escrever. Durante cinco anos, o diário registrou cada desejo, Um ato humilde, inocente e natural; Trancafiada em seu quarto de despejo. Júlia Silva Luiz - 16 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 10/08/2019
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