SACRO-ENLEIO Salgado como o gosto dos prazeres Suor com gemidos sussurrados... O corpo em mais pura nudez Envolto e louco em fogo adocicado Faz aos poucos e cada vez Querer beber da fonte desprovida... Qual posse de tantos deleites! As formas deliram e incendeiam As peles ardem em fogo candente... Os murmúrios são soltos O jogo insano, pérfido e alucinante Testa as loucuras humanas Antes jamais tão sublimes ou quentes. Face reversa da moral descontente. Ouvem-se gritos loucos e roucos Assim como risos maliciosos... A trama que muito se enrama, Transpira, derrama sabores deliciosos Que tanto fazem querer amar Descobrir gostos e mistérios secretos... Que às noites profanam das camas aos tetos. E nessa insanidade afogam-se em tesão Ascendendo aos céus e salgando a terra! Fazem-se arder em chamas de libido Que aos mortos todos desenterra, E os corpos que entregues se enlaçam São almas que sempre estarão ligadas, Pois as juras sem nenhuma, ou poucas palavras Foram traçadas pelas bocas dos anjos! Arthur Campagnolo Della Giustina - 18 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 02/06/2019
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