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 MUITO AZAR... Certo dia, enquanto, eu e minhas amigas íamos a uma lanchonete, próxima de casa, tomar café colonial. Em frente ao local, uma construção. Vários operários trabalhavam. Um deles, no alto de uma escada, tentava fixar algo.
Minhas amigas desviaram; eu, bem senhora de mim, ignorei as recomendações de minhas avós: – Meu amor, não passe embaixo de escadas, dá azar. Inesperadamente, a escada bambeou e o senhor caiu, jogando-me ao chão. Não me machuquei, mas senti-me encabulada; as gurias riram muito. Auxiliada por um rapaz, levantei-me e continuei minha caminhada como se nada tivesse acontecido. Minutos depois, passou um lindo gato preto à minha frente. Corri para lhe fazer um afago. Adoro bichanos. Nisso, um ônibus surgiu em alta velocidade e, por pouco, não fui atropelada. Em minha memória, afloraram as palavras de uma vizinha: – Meninas, quando passar um gato preto na frente de vocês, deem três batidinhas numa madeira. Não esqueçam que gato preto e passar embaixo de escada dão azar. Natália Hoppen Mazui
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 27/10/2017
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Tela de Claude Monet