DOCE VIAGEM Há algum tempo, duas educadoras gaúchas decidiram viajar para Minas Gerais. Percorreram inúmeras agências de turismo e não encontraram o pacote desejado. Desanimadas dirigiram-se a parada de ônibus, a fim de retornarem as suas casas. Enquanto aguardavam, um carro estacionou próximo a elas, na placa: Confins/MG. Confins? Lúcia pergunta a Lísia: – Já ouviste falar neste lugar? – Sim, querida. É uma cidade da região metropolitana de Belo Horizonte. Lá fica o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, considerado um dos mais modernos do nosso país. Lísia, como boa e conhecedora professora de História, deu mil explicações à amiga. – Segundo a história, Confins foi ponto de parada para tropeiros e bandeirantes que passavam pelo lugar. O seu nome foi dado devido à sua localização. Sabe-se que ossadas pré-históricas foram retiradas de suas grutas. – Amiga, quero conhecer gente nova. O que mais Confins oferece? – Confins está cercada de uma bela paisagem e, no seu centro, fica localizada a Lagoa de Confins, que é formada por rocha calcária. É a ponte para muitas cidades mineiras, dentre elas: Mariana, Ouro Preto e Itabira. – Agora, o assunto está ficando interessante e agradável. Meu sonho é andar pelos caminhos percorridos por Cláudio Manuel da Costa, José Basílio da Gama, Frei José de Santa Rita Durão, Bernardo Guimarães, Alphonsus de Guimaraens, Carlos Drummond e Guimarães Rosa, grandes vultos da literatura mineira. Dois meses depois, às 8h15min, Lúcia e Lísia desceram no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, Confins/MG. Nos rostos, a alegria de duas meninas. Rapidamente, pegaram um táxi e foram para Mariana. Hospedaram-se no Hotel Muller, Av. Getúlio Vargas, nº 34, no centro. Na recepção, tiveram a honra de conhecerem J. S. Ferreira, uma das expressões poéticas modernas de Mariana. Esse, com muita simpatia e doçura falou-lhes um pouco da cidade. Disse que a sua origem remonta ao final do século XVII, época em que bandeirantes paulistas chegavam à região em busca do ouro e que o seu nome foi uma homenagem do rei D. João V de Portugal à rainha D. Maria Ana de Áustria, sua esposa. Com orgulho, acrescentou que Mariana faz parte da história do nascimento de Minas Gerais, uma vez que foi sua primeira vila, cidade e capital, tendo sido a letra de seu hino escrita, em 1911, pelo poeta Alphonsus de Guimaraens e, a melodia criada por Antônio Miguel. Ao despedir-se, lembrou-lhes de que, á noite, haveria um jantar, ocasião em que teriam a oportunidade de conhecerem outros vultos da literatura marinense contemporânea: Andreia Donadon Leal, Gabriel Bicalho e J. B. Donadon-Leal. O jantar foi magnífico e acolhedor. Os anfitriões foram simpaticíssimos. No dia seguinte, Lúcia e Lísia visitaram Ouro Preto. Foram de Maria Fumaça e voltaram de ônibus. O passeio de Maria Fumaça foi deslumbrante e durou mais ou menos uma hora. Passaram por várias cachoeiras e minas de ouro. Mariana é marcada por um relevo ondulado e exibe atraentes planaltos. Seus moradores, povo amável e carismático, dizem ser os verões, quentes e chuvosos; os outonos, cinematográficos; os invernos, gélidos e úmidos; e as primaveras, românticas e sedutoras. Em Mariana, além de visitarem a Praça de Minas Gerais, onde se encontram três monumentos históricos da cidade, a antiga Casa da Câmara e Cadeia, Igreja São Francisco de Assis e Igreja Nossa Senhora do Carmo, visitaram a Catedral da Sé; o Museu Arquidiocesano de Arte Sacra; o Museu da Música de Mariana; o Prédio da Cúria; a Rua Direita, onde se encontram as casas mais antigas da cidade, com sua arquitetura conservada; as Igrejas de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, a Santo Antônio, a São Pedro dos Clérigos e Igreja Matriz Nossa Senhora da Glória. Lúcia e Lísia gostaram muito de Ouro Preto e retornaram encantadas com a sua arquitetura colonial. Visitaram: a Praça Tiradentes; o Museu da Inconfidência; o Museu do Oratório; Museu Casa dos Contos; as Igrejas São Francisco de Paula, São Francisco de Assis, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora das Mercês, Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora do Pilar. Tanto em Mariana quanto em Ouro Preto, compraram muitos souvenires. O subir e descer ladeiras deixaram-nas exaustas. As amigas, além de percorrerem caminhos fascinantes e encantadores, vivenciaram emoções e sentimentos singulares que armazenaram em seus dóceis corações. Sem dúvida, em alguns momentos, interagiram com a realidade, registrando alegrias e paisagens através de belíssimas fotos. Ilda Maria Costa Brasil
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 20/07/2015
Alterado em 20/07/2015 Copyright © 2015. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |