A FACE PERDIDA
Lúcia, cedo da tarde, iniciou os preparativos para a tão esperada noite. Às 18h05min, desceu de seu quarto. Na recepção, ouviu elogios de vários convidados.
– Senhora, com as minhas desculpas, serás a mais bela da noite.
Agradeceu a todos sorrindo.
Na festa, horas depois, percebeu estar acontecendo algo errado consigo. Sentou-se e respirou fundo, mas, o mal estar não passou. Rostos, à sua frente, sumiam aos seus olhos. A dor no peito intensificava-se. Percebendo que iria desmaiar, avisou uma amiga que, ao olhá-la, falou:
– Senta na escada. Estás pálida e transpirando muito.
Nesse instante, suas forças esmoreceram, e a sua face perdeu-se aos olhos dos demais.
Levada à sala do jantar, Lúcia não conseguia manter-se de pé. Depois de longos minutos, aos poucos, foi recuperando-se. Refeita, voltou ao salão nobre e reintegrou-se ao grupo.