Um ruído intenso no ar e pedaços de pedras caindo para todos os lados, como se uma pedreira tivesse acabado de ser explodida. Vento sibilante! Gritos apavorantes! Pontos luminosos, trêmulos... Um animal selvagem? Talvez, o clima é de mistério!
Apressamo-nos... Nossos passos são largos e inseguros. A visão é imprecisa e o medo dá às nossas pernas um ritmo aceleradíssimo, fazendo-nos quase despencar morro abaixo.
Apreensão, medo, perigo. Suor a escorrer pelos rostos. Pânico, suspense, incertezas! Haverá uma saída? Gritar? Correr?
A escuridão não nos permite saber exatamente onde estamos. De repente, o terreno passa a ser lodaçal e, bruscamente, somos envolvidos por uma rede que, aos poucos, fecha-se e passa a sufocar-nos. Em segundos, vemo-nos presos no alto de uma árvore.
Em meio ao desespero, um inseto pousa em minha cabeça e o grito de uma coruja ecoa no ar. Será presságio de que a morte está a chegar ou de que seremos encontrados e salvos antes do dia amanhecer?