Ilda Maria Costa Brasil, Celeiro da Alma

"Sonhar é acordar-se para dentro." Mario Quintana

Textos



SENSAÇÕES ALHEIAS
 
O céu estava na mais completa escuridão, e as ruas totalmente desertas. A passos lentos, Flávio, após um exaustivo dia de trabalho, retornou para casa. Imerso em seus pensamentos, repassou, como um filme em câmera lenta, todas as atividades que desenvolveu durante o dia.
Reviveu os momentos de ansiedade sentidos pela manhã ao chegar à empresa, onde receou ser tratado com indiferença e frieza pelos funcionários; todavia, teve uma recepção bastante calorosa e, com isso, rapidamente sentiu-se enturmado.
Disperso, somente após ouvir ruídos estranhos na calçada volta para realidade. Nesse momento, começou a transpirar e sua respiração ficou ofegante. Olhou de esguio à sua esquerda, nada! Olhou à direita, nada! Embora nada tivesse visto; no ar, algo desconcertante! Apressou os passos, pois a rua continuava deserta, mas o sentimento de desconforto aumentava.
Enfim, avistou o prédio onde morava. Correu até o portão e, rapidamente, o abriu. Chegou à portaria ainda muito trêmulo. Jogou-se numa poltrona e perguntou ao porteiro:
– Eram quantos?
Com um toque de ironia e sarcasmo, o rapaz, sorrindo, lhe disse:
– Uns dez ou doze vira-latas.   
Ilda Maria Costa Brasil
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 04/06/2010
Alterado em 09/01/2014
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