A MORTE Uma voz clama por ajuda, socorro... Nela há aflição, pânico e medo. Algumas pessoas correm em direção aos gritos, chegam, aproximam-se e trocam olhares os quais confirmam nada mais ser possível fazer. Lágrimas escorrem no rosto da infeliz senhora que há pouco era só felicidade e, agora, demonstra fragilidade e impotência ao tentar reanimar o seu amado inerte, caído na laje fria. O socorro não chega e um dos presentes tenta reanimá-lo, massageando seu peito fortemente, enquanto outros buscam confortar a jovem mulher que desesperadamente suplica ao marido que não a deixe, só tem um ao outro; logo, não saberá viver sem ele, teme em demasia a solidão. Entre soluços exclama que soube o que é ser feliz por quatro anos, tempo curto demais para dois seres que se amavam muito. A morte, cruelmente, não a ouve, pondo fim à felicidade do casal que conheceu o amor na fase adulta e transporta o pobre homem a sua última morada numa viagem do litoral à capital paulista. Ilda Maria Costa Brasil
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 31/05/2010
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