16/02/2014 11h59
Lembranças
Durante a minha infância, não tínhamos brinquedos caros; tínhamos uns aos outros, cerca de 8 a 10 crianças, e brinquedos improvisados, porém nos sentíamos bastante felizes. Dispúnhamos de verdes campos, amplos pátios e belíssimos pomares para aprontarmos nossas travessuras. Nosso dia a dia era enriquecido pelas presenças de vovô Vicente e vovô Ramón, senhores benevolentes, que nos ensinavam que deveríamos ter afetos sólidos, apreços pelas soluções lógicas e sermos dotados de compaixão e equilíbrio. As suas vidas eram claras e plenas de alegrias, sustentavam, por nós e demais familiares, uma afetividade infinita. Vovô Vicente e vovô Ramon gostavam de viajar e se adaptavam facilmente às pessoas. Consideravam a honestidade e a verdade fatores de muita importância. Com seus encantos, iluminavam a vida de todos os que cercavam. Quando estávamos próximos a eles, o carinho e o amor se acentuavam em suas vozes e em seus gestos. Ouvíamos-lhes com encanto e atenção, no entanto, nem sempre os compreendíamos, principalmente, quando algo de errado fazíamos e a postura correta era exigida. Hoje, suas lembranças embasam minha luta pela veracidade e pela solidariedade. Publicado por Ilda Maria Costa Brasil em 16/02/2014 às 11h59
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