Ilda Maria Costa Brasil, Celeiro da Alma

"Sonhar é acordar-se para dentro." Mario Quintana

Meu Diário
07/01/2014 20h02
Quando eu era criança...

 

Curtia tudo, desde o canto dos pássaros

ao coaxar dos sapos;

corria e rolava na grama alegremente;

ouvia fascinada, o farfalhar das folhas

provocado pelo vento,

o que acreditava ser um som

emitido pelos anjos.

Infância... Irmão, primos, amigos,

garoa, cheiro de mato

e de terra molhada,

brisa no rosto, pipocas,

gemadas, choros e risos.

 

Em meu universo infantil

não havia tempestades,

embora muitas situações

imprevisíveis e inesperadas

tenham ocorrido. 

Nada era impossível.

Para cada fato,

uma solução, uma saída. 

Minhas ideias borbulhavam

e, por serem muitas

e o tempo correr velozmente,

nem sempre conseguia 

colocá-las em prática.

 

Meu dia a dia era um constante inovar,

não havia mesmice nem rotina. 

Brincadeiras, travessuras, risos,

choros, banhos de açude,

fruta do pé, leite com canela,

cambalhotas em cima das sacas de trigo,

rodas de fogo no galpão,

bonecos de barro e de massa de pão,

poças de lama, tudo era fonte

de deleite e de prazer.

Infância, um velejar em águas

de grandes e fantásticas emoções. 


Publicado por Ilda Maria Costa Brasil em 07/01/2014 às 20h02
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.

Tela de Claude Monet
Site do Escritor criado por Recanto das Letras