Ilda Maria Costa Brasil, Celeiro da Alma

"Sonhar é acordar-se para dentro." Mario Quintana

Textos



SETENTA ANOS...
 
Agosto de 2013. As ruas da capital porto-alegrense enfeitaram-se com ipês coloridos para saudar minha amiga, num dia tão especial, seus setenta anos. A florada dos ipês, espalhada, por todos os bairros, dera um toque e um aroma especiais à ocasião. A aniversariante era só sorrisos e felicidade. A recepção fora preparada com total cuidado e carinho. A Estrela da Festa teve seu dia de Rainha; era só brilho. Posou para filmagens, dançou, cantou, declamou e brincou com muita espontaneidade e alegria.
Salgados, pratos quentes, docinhos e sucos naturais, excelentes.
O clima estava agradabilíssimo, senão por discussões bobas entre pessoas que compartilharam a mesa comigo e pela falta de “finess” de uma das senhoras que, ao receber do garçom uma tigelinha de “escondidinho de bacalhau’, disse, grosseiramente, que não comia aquilo e a devolveu, perguntando:
 – Há mais alguma coisa para se comer?
O rapaz, com total discrição, balbuciou que sim e passou a enumerar o cardápio. Enquanto ele falava, ouvíamos:
– Não como! Não gosto! Não como! Não gosto! Enfim, um que eu como.
Senti-me constrangida e envergonhada. Desconhecia a falta de polimento social dessa senhora.
O grupo, do qual ela participa, sorriu-me um tanto sem graça; era evidente o mal estar formado.
Lamentei não ter trocado de mesa, pois a situação deixou-me mal.
Ilda Maria Costa Brasil
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 12/01/2014
Alterado em 12/01/2014
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