Ilda Maria Costa Brasil, Celeiro da Alma

"Sonhar é acordar-se para dentro." Mario Quintana

Textos



APRECIANDO ESTILOS
 
Desde meu tempo de estudante, nomeei, em cada estilo literário, poetas e prosadores referência.
 
Quinhentismo: Pe. José de Anchieta que, além de ter produzido poesias líricas e épicas, teatro (autos), cartas, sermões e uma gramática, desempenhou papel de destaque na fundação de São Paulo e na catequese indígena.
Barroco: Gregório de Matos Guerra. Poeta lírico, satírico, reflexivo, filosófico, sacro, encomiástico e obsceno. Foi o primeiro poeta a cantar o elemento brasileiro, o tipo local, produto do meio geográfico e social.
Arcadismo: Basílio da Gama. Em “O Uraguai”, poema que tem como temática principal a tomada das Missões por tropas luso-espanholas, glorificou o homem natural que enfrentou os representantes da civilização europeia.
Romantismo: Sousândrade. Poeta extravagante; criador de uma linguagem dominada pela elipse, por orações reduzidas, metáforas complexas, aliterações, onomatopeias e criações gráficas.
Realismo: Machado de Assis que, além de produzir obras convencionais, presas às tradições românticas; produziu obras com aspectos psicológicos de personagens metafísicos relativistas de todos os valores humanos.
Naturalismo: Júlio Ribeiro que se projetou como gramático e apresentou exatidão das descrições, coloquialismo; narração lenta e linguagem acessível, em que a força biológica predomina sobre as faculdades intelectuais do homem.
Parnasianismo: Raimundo Correia que atingiu a universalidade, por meio de temas sociais e filosóficos, transmitindo sensações complexas, provocadas pela musicalidade dos versos e pelo emprego de sinestesias.
Simbolismo: Eduardo Guimarães que retratou a angústia do entardecer de outono e dos primeiros frios do inverno nos pagos do Rio Grande do Sul. Foi o divisor de águas entre o texto que explorava o passado glorioso e o presente.
Pré-Modernista: João Simões Lopes Neto que apresentou uma dimensão revolucionária, predominantemente realista do universo gauchesco, usando a linguagem própria da campanha sul-rio-grandense.
1ª Fase Modernista: Mário de Andrade que se voltou à reflexão, à análise e à denúncia dos problemas nacionais, assim como destruiu os padrões literários vigentes e propôs uma nova linguagem poética.
2ª Fase Modernista: Mario Quintana que falou de sentimentos, sugerindo uma reflexão sobre questões da vida, num lirismo ao mesmo tempo encantador, realista e crítico, num profundo humanismo, no conteúdo e na forma.
Romance de 30: Rachel de Queiroz que tratou da representação sociopolítica da mulher; valorizando as características psicológicas dos personagens, dando profundo sentido lírico e humano em sua mais alta expressão.
3ª Fase Modernista: Clarice Lispector que retratou o cotidiano monótono e sufocante da burguesia brasileira, caracterizando-se pela exacerbação do momento interior de modo intenso, transcendendo do plano psicológico para o metafísico.

Literatura Contemporânea: Luis Fernando Verissimo, cronista e cartunista que tem se destacado por fazer uma crítica bem humorada de nossa sociedade.
 

A partir da união dos autores da lista acima, criei o meu estilo, regado por muitas e muitas leituras.

 
 
Ilda Maria Costa Brasil
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 16/11/2013
Alterado em 16/11/2013
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